
Darko Kovacevic/Dreamstime.com
Ao perceber que um colega é melhor, os outros começam a deixá-lo de lado. Isso acontece com movimentos simples, como não convidar para um almoço, e com alguns mais complicados, como não passar informações importantes para o andamento das atividades do grupo.
Ninguém ocupará essa cadeira
O chefe,
ao perceber que dentro de sua equipe existe um profissional muito eficiente e
com fortes chances de ocupar o lugar dele, deixa o subordinado na geladeira.Sem o apoio e o reconhecimento do chefe, a confiança do profissional fica prejudicada. "Somos treinados para sermos o melhor", afirma Marcus Soares, professor de gestão de pessoas do Insper, de São Paulo. O profissional pode escolher mudar de área ou de empresa. Já o líder corre o risco de ficar estagnado. "Sem um bom sucessor, não há como crescer", diz Marcus.
Isolamento
A concorrência
no mundo corporativo é normal e legítima. Sem ela, permaneceríamos no mesmo
lugar. Por isso os profissionais lutam para que os chefes vejam o seu
brilho.
Ao perceber que um colega é melhor, os
outros começam a deixá-lo de lado. Isso acontece com movimentos simples, como
não convidar para um almoço, e com alguns mais complicados, como não passar
informações importantes para o andamento das atividades do grupo.A melhor fórmula para o profissional eficiente sair dessa dinâmica é, no fim de um projeto, dar os créditos a todos os participantes. "As pessoas se sentirão prestigiadas", diz Marcus, do Insper. É a velha lei da reciprocidade: uma mão lava a outra.
Insubstituível
Você é um ótimo profissional, entrega tudo no prazo, ajuda com novas
ideias, agrega para a equipe e tem um ótimo relacionamento com todos.
"Nenhum chefe quer perder um bom profissional", diz Lucas Peschke,
diretor da Hays, de São Paulo. O problema é que a empresa não consegue atender
o desejo de crescimento de todos os funcionários e no tempo que eles desejam.
Alguns chefes, para não deixar o bom profissional ir embora, optam por
não fazer comentários construtivos e avaliações positivas. A solução é fazer contatos
com outros líderes da empresa e deixá-los a par de suas realizações. Assim,
outros chefes saberão de seu desempenho.
Só mais um pouquinho
Quando o profissional é ágil e eficiente, os líderes acabam canalizando
para ele a maior parte das tarefas, pois sabem que ele entregará o resultado no
nível desejado."O profissional aguenta a pressão, não reclama e traz resultados", diz Marcus Soares, do Insper. Com a sobrecarga de trabalho, ao longo do tempo o profissional pode se sentir injustiçado e querer ter um reconhecimento diferente.
"Tem muito profissional que não sabe dizer ‘não’, e isso é um problema para a carreira", diz o consultor Mauricio Goldstein. A saída é clara: aprender a negociar e a dizer "não" para interromper a dinâmica.
Os outros são ruins
O profissional é eficiente, entrega
resultados mas, ao se comparar com os pares, bate a arrogância. "A maioria
dos profissionais acredita que é boa o suficiente para receber um
aumento", diz o coach Homero Reis, do Rio de Janeiro. Até aí, tudo bem.
O problema é achar todos
ao redor incompetentes. "Ao se colocar em posição superior, o profissional
se marginaliza", diz Mauricio Goldstein. A saída é óbvia: manter a
humildade e, se for o caso, reatar as ligações com os colegas.
Você já está preparado
Alguns chefes consideram um profissional tão bom que se esquecem de
investir no desenvolvimento dele. "Para a empresa, todo investimento tem
que ter um retorno", diz Lucas Peschke, diretor da Hays.O bom profissional precisa mostrar suas necessidades e como o investimento nele retornará para a empresa. "É a própria pessoa que tem de argumentar por que ela merece o investimento", diz Lucas.
Degraus ocupados
Não importa se você é um ótimo profissional. Se não existirem espaços
para crescer, você continuará no mesmo lugar. Depois de um tempo, sentirá que
está estagnado."Nesse momento é hora de avaliar se vale a pena ou não ficar na empresa", diz o coach Homero Reis, do Rio de Janeiro. Uma opção é fazer uma movimentação horizontal e ir para outro setor, enquanto aguarda surgir a vaga desejada.
Será que você é bom mesmo?
saiba se você é eficiente ou só acha que é
Carga de trabalho: Ao comparar seu trabalho com pares e colegas que têm a mesma função em
outras empresas, você está no mesmo nível?
O que é esperado: A expressão "alinhar as
expectativas" é uma forma de saber se você é bom. "Você é considerado
bom profissional quando atinge a expectativa do chefe e da organização",
diz o consultor Mauricio Goldstein. Não basta medir as competências técnicas.
Avalie também a capacidade de se relacionar. Sem ela, você se tornará apenas uma boa ferramenta. Mas apenas isso.
Fonte: Revista VOCÊ S/A / Edições / 179
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