terça-feira, 26 de julho de 2011

Quer aumento?

Antes de pedir um ajuste salarial, faça uma análise do seu trabalho. Veja como! 
As empresas têm a intenção de pagar melhor, mas saiba que melhorar sua remuneração depende mais de você do que da disponibilidade da empresa em oferecer a tão requerida correção salarial ou promoção. Uma pesquisa recente da consultoria Grant Thornton mostrou que 85% dos empresários entrevistados estão dispostos a dar aumento acima da média mundial para seus funcionários. A conta entre demanda de mercado e profissionais habilitados, áreas como as de tecnologia da informação, consumo, telecomunicações, energia, meio ambiente, transporte e construção civil têm sofrido para contratar. Além disso, algumas empresas já perceberam que investir no pessoal interno pode amenizar essa carência.
Na outra ponta, muitos profissionais têm aproveitado para pleitear reajustes salariais devido a escassez de mão de obra especializada. Essa deficiência tem sido uma ótima oportunidade para requisitar o tão sonhado aumento salarial. Quando o colaborador consegue criticar as próprias competências, diagnosticar os diferenciais pessoais e entender a demanda da empresa e o cenário global, o aumento de salário fica mais negociável.
Falar sobre salários é sempre delicado, ainda mais em uma época em que as empresas têm desenvolvido a remuneração de acordo com essas competências individuais de seus colaboradores, com o intuito de oferecer uma prática salarial mais justa para todos.
Desta forma, antes de se questionar se é o seu momento de ser reconhecido financeiramente, atente-se para os seguintes passos.
Passo 1: por quê eu mereço?
Para Carlos Cruz, diretor da UP Treinamentos & Consultoria, o funcionário precisa identificar se o que ele recebe pelo seu trabalho é justo e se o seu momento de vida e a sua visão de futuro estão alinhadas com a empresa, além de contrapor as compensações financeiras e não-financeiras.
“Prestar serviços para alguém é uma forma de ‘vender’ o seu conhecimento, esforço e habilidade para um cliente, que pode ser a empresa em que você trabalha, por exemplo”, afirma Cruz. Por isso, antes de negociar uma remuneração mais elevada, leve em conta também o desafio profissional, a oportunidade de desenvolvimento e o prazer que sua atividade proporciona.
Faça uma auto-análise considerando as perguntas abaixo:
- O quê e quanto agrego de valor ao meu cliente?
- O quê e quanto mereço ser recompensado por isso?
- Com o quê e quanto o meu cliente está disposto a pagar por isso?
Passo 2: quais são minhas habilidades emocionais?
O Professor Vitor Mirshawka, diretor dos cursos de pós-graduação da FAAP, afirma que hoje, mais do que nunca, a carreira dos profissionais se desenvolve em um momento em que família e sociedade falam alto e competem com comunicação rápida e desafios globais.
Assim, cada vez mais o sucesso profissional estará focado em novas áreas de conhecimento e em ambientes criativos. “São valorizados os profissionais ‘de futuro’, capazes de mensurar novas ideias, e os profissionais ‘do futuro’, que possuem visão que antecipa mudanças”, afirma Mirshawka.
Para ele, gerenciar o sucesso de sua carreira e, por consequência obter um bom salário, começa com o desenvolvimento de seu conhecimento e inteligência, seguidos de atitudes criativas e da habilidade de enxergar com consciência o seu papel dentro da empresa.
O professor destaca ainda que as empresas estabelecem entre cinco e dez competências essenciais com o intuito de comparar seus funcionários com outros profissionais e, então, definir o valor que você agrega para a empresa.
“Entende-se competência essencial as habilidades pessoais dos profissionais, aquelas que só podem ser executadas por um ser humano e não por uma máquina ou sistema. Isso não quer dizer que é menos importante o conhecimento técnico”, pontua Mirshawka. São algumas as habilidades mais valorizadas pelas empresas:
• o conhecimento tecnológico;
• saber fazer algo bem feito;
• ser um profissional humanista;
• ter senso de apresentação estética e de design;
• ser culto e prover conhecimentos gerais;
• estar sempre focado no resultado;
• desenvolver habilidades empreendedoras;
• prover talento.
Assim, quando você pede um aumento, automaticamente está colocando em xeque o seu valor para a empresa. Por isso, tenha em mente que esse tipo de negociação requer clareza nos objetivos.
Plano individual de carreira e de vida bem definidos podem ajudar a determinar o patamar de remuneração que pretendemos alcançar, mas para cada situação há sempre uma abordagem específica.
Fonte: Portal HSM

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