Há tempos já vem se falando sobre o
papel das redes sociais na vida dos selecionadores de pessoal. Mas será
que realmente elas prestam um benefício à área de Recrutamento e Seleção
das empresas? A resposta é sim!
Dentre os aspectos positivos, ressalto um processo de divulgação de vagas mais rápido e de expansão de networking mais potente em relação a outros meios utilizados para divulgação de vagas.
Em geral, o retorno das oportunidades de
emprego divulgadas costuma ser rápido e ajuda a constituir uma boa base
de dados para busca de profissionais para um dado perfil.
Para o caso de grupos de profissionais
(como, por exemplo, o de engenheiros, arquitetos, de financeiros, de RH,
etc.), o processo de triagem de perfil costuma ser mais eficaz do que o
de anúncio em geral efetuado na rede, direcionado a quaisquer
profissionais de mercado interessados em se candidatar à vaga anunciada.
No caso do processo de headhunting (ou
de caça de talentos), se você tiver o nome do profissional que estiver
buscando, o processo de localização do mesmo costuma ser mais rápido que
outros meios.
Outra vantagem das redes sociais é o de
obter perfis de candidatos estrangeiros com maior facilidade que outros
meios, anunciando perfis de vagas em idiomas estrangeiros, em particular
inglês ou espanhol.
Por outro lado, tanto empresas em geral
quanto consultorias costumam também se valer dessa ferramenta em função
de sua praticidade e para baratear os custos dos processos de
recrutamento e seleção.
Das redes mais comumente utilizadas e
que costumam trazer maior benefício ao selecionador de pessoal, destaco o
Linkedin e o Yahoo Groups. E, como apoio para busca de referências de
perfil pessoal ou para ajudar a encontrar contatos de networking que facilite o encontro do profissional almejado, o Facebook.
Como aspectos desfavoráveis, cito o fato
de que muitas vezes, ao efetuar anúncio em rede social, é costume
chegar uma quantidade enorme de respostas, o que onera o trabalho do
selecionador de pessoal. Consequentemente, dificulta o processo de
filtragem e pré-seleção de candidatos. Não dá, por exemplo, para impedir
que um gestor comercial se candidate a uma vaga de gerente
administrativo via rede se o anúncio for aberto para qualquer
candidatura.
Outra desvantagem é a de que muitas
vezes o perfil disponibilizado pelos candidatos na rede costuma ser
muito sintético e resumido, levando o selecionador a ter que enviar
e-mail e aguardar retorno, pois muitas vezes sequer há telefones
disponíveis. Em outros casos, o candidato à vaga (ou o contato que o
conhece) não pertence à rede de relacionamento do selecionador e este
deverá ser convidado, processo que pode se tornar moroso em virtude do
tempo de resposta do candidato para inserção na rede versus tempo
requerido para fechar o processo de seleção.
Há ainda o caso de candidatos se
inscreverem para vagas anunciadas que não têm absolutamente nada a ver
com o perfil de competências/habilidades requeridas para o cargo/função,
coisa essa que também costuma acontecer com outras ferramentas de
seleção de pessoal.
Finalmente, posso dizer, com base em
experiência no ramo, que as redes sociais trazem hoje mais vantagens do
que desvantagens, podendo servir como uma ferramenta útil no apoio a
processos de recrutamento e seleção de empresas e consultorias do ramo.
Por: Fernando Montero da Costa é diretor de Operações da consultoria de RH Human Brasil.
Fonte: http://www.abrhnacional.org.br
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