terça-feira, 16 de março de 2010

Hardware, software e “humanware”!

Marizete Furbino - RH.com.br

Sabedoras de que a maior commodity do século XXI é o Conhecimento, as empresas devem investir "pesado", não somente em equipamentos (hardware) e procedimentos (software), mas também em pessoas ("humanware"), uma vez que todos eles são considerados pilares para quaisquer empresas e, por sua vez, possuem o poder tanto de alavancar como de arruinar empresas.

Equipamentos e procedimentos não terão êxito algum se não forem bem comandados e executados por profissionais competentes. Deste modo, são as pessoas que irão garantir a competitividade, a sobrevivência e a solidez da empresa frente à acirrada competitividade.

Em decorrência do exposto, quando se faz um investimento financeiro em equipamentos é fundamental lembrar que os profissionais que compõem o quadro da empresa é que irão trabalhar diretamente com tais equipamentos e, assim sendo, devem ser capacitados para exercer sua função com eficiência. Caso essa importante providência não seja seguida, o valor investido no equipamento "escoará" por entre as "mãos da empresa", levando-a a um caos.

Nessas circunstâncias, os processos de ensino/aprendizagem deixam de ser de responsabilidade somente das instituições de ensino e passam a ser preocupação constante também das empresas. Estas, por sua vez, são as responsáveis por implantar a cultura da aprendizagem organizacional. É dessa forma que as empresas contribuem, para que as informações transformem-se em conhecimentos e assim sirvam para agregar valor ao produto e/ou serviço, adquirindo competitividade, despontando, enfim, a empresa na frente perante o mercado. Nesse mesmo sentido, preocupar-se com o desenvolvimento das pessoas envolvidas no processo organizacional significa preocupar-se com a própria empresa.

A análise do conjunto acima descrito leva-nos a pensar e a crer que procedimentos, estratégias, planejamentos e outros só alcançarão sucesso quando aliados com as ações das pessoas. Do mesmo modo, é preciso que haja interesse, capacitação, preparação, motivação, muito envolvimento, comprometimento, responsabilidade, bem como muita vontade de fazer acontecer, para que tudo ocorra de forma a garantir qualidade e eficácia.

Ante o exposto, convém dizer que, procedimentos, estratégias e planejamentos não devem ficar bonitos somente no papel, mas devem ser colocados em prática. Para que isto ocorra é fundamental que as pessoas envolvidas em todo o processo, que além de serem detentoras do saber, construam relacionamentos, somem habilidades, talentos e conhecimentos, garantindo o alcance das metas e dos objetivos sonhados.

Nesse ponto, vale destacar que as pessoas devem ser consideradas um dos maiores patrimônios que a empresa possui. Logo, deve-se não somente saber selecioná-las, mas também saber: recrutá-las; inseri-las nos departamentos certos; mantendo-as e as capacitando de forma contínua a exercerem as suas funções; tendo a sabedoria de conseguir retê-la; procurando atender às suas reais necessidades, anseios e expectativas. Esta preocupação deve ser uma constante, pois é de importância decisiva no mundo dos negócios, uma vez que a empresa está nas "mãos" das pessoas que ali exercem as suas funções.

Nessa linha de raciocínio, além da empresa valorizar o profissional, estabelecendo políticas que implementem e ampliem a estabilidade, a segurança, os benefícios, os salários compatíveis, é preciso proporcionar e estabelecer a relação "ganha-ganha", conciliando objetivos organizacionais com objetivos dos profissionais ali envolvidos, bem como tendo a preocupação de proporcionar a motivação para todos os colaboradores a partir de desafios. Através dessa linha de raciocínio é possível ir a busca do desenvolvimento das competências dos colaboradores, constituindo-se esta a melhor saída para um modelo de gestão participativa, orientado para o autodesenvolvimento e desenvolvimento em prol do alcance dos resultados.

Com o exposto, torna-se vital sensibilizar a todos da empresa sobre a importância de proporcionar e contribuir com um ambiente saudável da mesma, mantendo uma postura flexível diante dos fatos. É desejável saber: relacionar-se com o grupo e gerenciar conflitos, sensibilizando todos quanto à importância da educação no nosso dia a dia. É indispensável saber ouvir atentamente o outro sem impaciência e ter inserido na cultura organizacional o espírito de equipe, o compartilhamento e a importância da humanização.

É ainda prudente que se tenha uma política de descentralização, de delegação de tarefas, da busca constante por adquirir conhecimentos. Por fim, não se deve também negligenciar a importância, não somente em estabelecer uma boa comunicação, mas também tendo a sabedoria de gerenciar riscos, enfrentar quaisquer desafios em prol do alinhamento das expectativas e do alcance dos resultados.

Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora e Professora Universitária na UNIPAC-Vale do Aço

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